quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A fauna e a flora agradecem


O tráfico de animais silvestre e o terceiro maior comércio ilegal do mundo geram cerca de US$ 10 bilhões ao ano. São retiradas das matas brasileiras de 12 a 38 milhões de animais anualmente, deste total, 82,71%,são aves capturadas nas regiões Norte e Nordeste e enviadas para o Sul e Sudeste do país. Este número expressivo de aves comercializadas ocorre por conta da rica avifauna aqui presente, com mais de 1690 aves no território brasileiro. Desta forma, este estudo objetivou descrever e analisar os aspectos do comércio ilegal de aves nas feiras livres de Campina Grande, PB, e em Natal, RN, através de visitas e entrevistas informais com os criadores e passarinheiros dos mercados públicos destas cidades, em especial da Feira da Prata, Alecrim, cidade da Esperança e Nova Natal. Como resultados foram identificados 21 espécies de aves, divididas em 15 gêneros e seis famílias; destas, Quatro espécies estão em risco de extinção: caboclinho (Sporophila bouvreuil), papa-capim (Sporopila nigricollis), pintassilgo (Carduellis yarrellii) e saíra-pintor (Tangara fastuosa), sendo também consideradas raras pelos criadores. Das espécies de aves vendidas, 47,62% pertencem à família Emberizidae e em especial ao gênero Sporophila (23,81%). Constatou-se que os comerciantes têm esta atividade como uma fonte de renda complementar, Segundo o entrevistado, o galo de campina e o pintassilgo, por serem animais em extinção, alcança o valor no mercado ilegal que varia de R$ 500,00 a R$ 1.000,00 (mil reais). “Por serem espécies ameaçadas”, Segundo o IBAMA prender aves silvestres em gaiolas pode levar a multa de R$ 500 a R$ 5 mil por animal além de prisão de até um ano. O instituto alertou também que os pássaros presos não contribuem para a recuperação de matas, não combatem pragas e morrem sem deixar descendentes. O pintassilgo que vir, além de estar em processo de desaparecimento estava com ferimentos na cabeça que poderá até chegar a óbito. Mesmo o comércio de aves não sendo tão expressivo na cidade de Campina Grande e Natal, é notório a existência de um pequeno tráfico interno, sendo necessários planos que combatam a expansão deste, evitando assim, mais riscos às espécies envolvidas. Repórter social Assis Oliveira

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